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UNIÃO

Ocupando o espaço entre a Junta de Freguesia e o edifício dos correios, a escultura União institui uma nova compreensão do conceito de escultura pública e de monumento moderno.

 

Aqui podes aprender sobre esta peça, sobre o seu autor, e sobre a sua ligação às comemorações dos 25 anos do Poder Local Democrático.

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A OBRA

Sobre esta obra de arte pública, materiais utilizados e opções estéticas do autor.

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O TEMA

Sobre o tema da escultura e o conceito de Poder Local.

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O LOCAL

Sobre a localização da obra e o seu espaço envolvente.

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RECURSOS

Disponibilizamos materiais de apoio aos professores e bibliografia.

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O AUTOR

Sobre Álvaro Carneiro, o autor deste monumento de Arte Pública.

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TESTA O QUE APRENDESTE

Põe os teus conhecimentos à prova com este desafio online.

A OBRA

A OBRA

Autor: Álvaro Carneiro

Inauguração: 28-10-2001

Material: Aço inox

Dimensão: 3,80 x 2,10 x 3,40m

UNIÃO

União situa-se na Rua de Marco Cabaço, num passeio calcetado ladeado pelo edifício da Junta de Freguesia de um lado, e pelo edifício dos Correios do outro. Paralela aos edifícios existe uma fila de lugares de estacionamento, demarcada por pilaretes.

 

Um longo tubo de aço inox desenvolve-se no espaço de forma ondulante. Vamos tentar descrever esta escultura.

De quatro pontos do pavimento partem quatro secções deste longo perfil tubular, de onde se projetam ascendentemente e para se reunir ao centro, onde se entrelaçam, de modo a desenvolver no espaço um desenho linear dinâmico em permanente circuito.

Os tubos de aço inoxidável são ocos e texturados à superfície.

A peça assenta atualmente sobre pedra de calçada de cor cinzenta-escura que delimita uma área retangular. Apesar de ser esta a solução pretendida pelo escultor, ao tempo da sua inauguração optou-se, por razões logísticas, pela solução temporária de uma delimitação em relva.

 

A inscrição sob placa metálica é comum às outras obras da iniciativa dos 25 Anos de Poder Local: “25 ANOS DE PODER LOCAL / 1976-2001 / COMEMORAÇÕES NO CONCELHO DE ALMADA / 11 FREGUESIAS 11 ESCULTURAS 11 ARTISTAS / CHARNECA / «UNIÃO» / (AÇO INOX) / ÁLVARO CARNEIRO / COSTA DE CAPARICA – QUINTINHO SEBASTIÃO / LARANJEIRO – ROGÉRIO RIBEIRO / TRAFARIA – ZULMIRO DE CARVALHO / CACILHAS – JORGE PÉ-CURTO / CAPARICA – GRAÇA COSTA CABRAL / PRAGAL – CLARA MENÉRES / COVA DA PIEDADE – JOÃO DUARTE / ALMADA – JOSÉ AURÉLIO / SOBREDA – FERNANDO CONDUTO / FEIJÓ – VIRGÍNIA FRÓIS”

É de interesse mencionar que, no âmbito da mesma iniciativa, João Duarte na Cova da Piedade, com Simbiose, e Clara Menéres no Pragal, com Liberdade, Democracia, Solidariedade, também empregam soluções tubulares.

 

Relativamente ao estado de conservação, a peça apresenta-se íntegra, sem marcas visíveis de sujidade ou degradação.

União: Processo de criação, montagem e inauguração

Imagens cedidas por Álvaro Carneiro

O LOCAL

O LOCAL

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Aqui podes conhecer melhor a localização da obra e o seu espaço envolvente.

CHARNECA DA CAPARICA

O topónimo “charneca” indica que esta região era composta originalmente por terrenos áridos, onde cresciam plantas rasteiras, como a esteva ou o tojo. Numa parte dessa paisagem foi plantada a Mata dos Medos, cujo nome deriva das dunas de areia (dunas = medos) onde se introduziram os pinheiros, para segurar as areias.

 

Quer a área de charneca, quer a mata, eram fonte de recursos, por exemplo a lenha e a caça. Os lenhadores ficavam na zona vários dias e traziam depois os seus burros carregados de lenha para vender em Lisboa (a cidade consumia grande quantidade de lenha nos fornos de pão, por exemplo).

Constituíram-se, entretanto, muitas propriedades rurais, as quintas, que configuraram o território durante vários séculos, tal como aconteceu no resto do concelho.

Essas quintas dedicavam-se fundamentalmente à produção agrícola e pecuária, para famílias que nem sempre aí habitavam, deixando as terras e a casa ao cuidado de caseiros.

 

Um convento (Nossa Senhora da Rosa) e uma granja jesuíta (Quinta de Vale Rosal ou dos 40 Mártires) assinalam a presença de Ordens Religiosas entre os proprietários rurais.

A povoação era atravessada pela Estrada Real - que ligava a Caparica a Sesimbra - uma via percorrida por almocreves (mercadores) e outros viajantes.

A partir de meados do século XX, principalmente na década de 70, a paisagem da Charneca transformou-se profundamente. As quintas foram divididas em lotes e os lotes foram ocupados por casas, a maioria das quais clandestinas, 2ª habitação de famílias atraídas pela proximidade das praias e a oportunidade de ter um quintal, por exemplo. Abriram-se ruas sem qualquer planeamento urbanístico, o que resultou num todo desordenado, marcado pela falta de espaços públicos centralizadores.

O centro da Charneca é o local onde se encontra a escultura União. Na envolvente da obra estão o edifício da Junta de Freguesia e o dos correios; na proximidade, o mercado municipal e diversos espaços comerciais. Trata-se, pois, de uma zona movimentada, onde aflui uma população em constante crescimento.

O crescimento populacional foi responsável pela criação da freguesia, em 1985; pelo apagamento das antigas quintas, que deixaram apenas o nome inscrito nos nomes das ruas; e ainda é, na segunda década do século XXI, uma realidade marcante. 

 

União é um valor que faz todo o sentido nesta localidade, socialmente heterogénea e cada vez mais multicultural.

Charneca da Caparica

Fotografia: Francisco Silva

AUTOR

O AUTOR

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Aqui podes conhecer melhor o autor desta obra.

ÁLVARO CARNEIRO  /  ESCULTOR

Álvaro Carneiro frequentou o curso de Escultura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Membro do Conselho Técnico da SNBA – Sociedade Nacional de Belas Artes nos mandatos de 1992, 2012 e 2015 e 2019. Realiza exposições individuais desde 1981, expondo coletivamente, no país e no estrangeiro, a partir de 1983.

Tem participado em várias exposições coletivas e Bienais de Escultura, tendo sido distinguido com uma Menção Honrosa na IV Bienal de Escultura e Desenho das Caldas da Rainha (1991).

Reside e trabalha como professor do Ensino Secundário no concelho de Almada, tendo passado pela IMARGEM – Associação dos Artistas Plásticos do Concelho de Almada.

 

Sendo União a sua única obra pública em Almada, desta tipologia fazem parte também Iluminar (Escola Dr. António Augusto Louro, Seixal, 1991) e o Monumento a Soares dos Passos (Parque dos Poetas, Oeiras, 2015).

O seu trabalho encontra-se representado em várias coleções, nomeadamente a da Santa Casa da Misericórdia, Lisboa; do Museu Diogo Gonçalves, Portimão; e do Museu Nacional do Sabugal.

 

Exposições individuais:

1981 – Galeria InterLivro-Arte Lisboa.

1987 – “Esculturas” – Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa;

1989 – “Claridades” – Galeria Tempo, Lisboa;1988 – “A Cidade e o Mito” – Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa;

1989 – “Povoamentos” – Galeria Miron, Lisboa e

1990 – “Cinzas no Chiado” – Galeria DN, Lisboa;

1993 – “Illuminare” – Convento dos Cardaes, Lisboa;

1997 – “Corpo” – Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa;

2018 – “Atmosfera Oval” – Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa

O TEMA

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Aqui podes saber mais sobre o tema desta escultura.

A UNIÃO E O PODER LOCAL

PODER LOCAL Conceito O poder local é um dos três níveis de governação pública previstos na Constituição da República Portuguesa. É composto por autarquias locais, que se subdividem em municípios, de cujos órgãos são a Câmara Municipal e a Assembleia Municipal; e as freguesias, de cujos órgãos são a Junta de Freguesia e a Assembleia de Freguesia. À ideia subjaz a suposição de que uma maior eficácia administrativa advém da existência de órgãos de poder próximos das populações, que analisem os interesses e problemas específicos das comunidades e possuam competências para dar resposta o mais informada e eficientemente possível. Esta noção de descentralização democrática ganha relevo pela primeira vez em Portugal na Constituição republicana de 1911. Porém, a expressão “poder local” é retomada na Constituição de 1976, ao abrir o título dedicado, na parte III (Organização do poder político), às autarquias locais. A Constituição de 1976, em reação ao profundo esvaziamento do conceito de autonomia local que se tinha verificado durante o Estado Novo, vem proclamar as autarquias locais como sendo um Poder com efetividade, isto é, mais do que meramente formal. Estado Novo Durante quase cinquenta anos as autarquias locais não passaram de meras extensões do Estado Central. Segundo a estruturação político-administrativa das autarquias locais que vigorou durante todo o Estado Novo, as autarquias eram, pela sua natureza jurídica e política, extensões locais do Ministério do Interior. As responsabilidades culturais das autarquias eram exercidas pelas Comissões Municipais de Arte e Arqueologia. As competências destas Comissões incluíam a redação de pareceres e sugestões, bem como a colaboração com os órgãos de administração central «na defesa dos interesses artísticos, progresso da cultura e da educação do gosto popular, exercendo as atribuições que a lei lhe conferir» (Diário do Governo - 1ª Série, Nº 303 - Suplemento de 31-12-1940: 1637. Artigo 114º). Assim, a encomenda de obras de arte pública obedecia a uma conceção propagandística e fortemente ideologizada do regime centralizada no SPN – Secretariado de Propaganda Nacional. Em Almada, o Estado Novo foi um tempo de acelerada industrialização, e de respostas ineficazes ao desregrado crescimento urbano, por sua vez consequência do fenómeno da migração e da mobilidade, associado ao carácter manufactureiro dos polos industriais almadenses. Pós-1974 Com o 25 de Abril de 1974 surge uma nova era do municipalismo, com legitimidade democrática, com competências e suporte financeiro (MOTA 1999:11). As eleições autárquicas de 1976 marcam o começo institucional de um novo modelo da administração local. As novas atribuições e competências das autarquias locais visariam «a prossecução de interesses próprios das populações respetivas» (Art. 237º da CRP). O Poder Local Democrático foi inicialmente, em todo o país, um movimento impulsionador de grandes avanços na salubridade e qualidade de vida, tendo-se dado grandes passos no controlo do processo de urbanização clandestina, promovendo-se políticas de infraestruturação e de saneamento. Paralelamente, o Poder Local inicia a encomenda de arte através dos órgãos municipais constituídos. Começam a introduzir-se elementos de arte urbana e de ressimbolização do território e assiste-se ao aparecimento de centenas de monumentos comemorativos. À necessidade de descentralização e democratização cultural alia-se o esforço de avivar e fortalecer a memória local. Sendo a autarquia a representante do concelho, é ela que tem o privilégio de ser a porta-voz e espera-se que utilize a arte como veículo de expressão pública de uma ideia de identidade coletiva Em Almada, a Revolução vai marcar o início de um processo de apagamento ou substituição dos símbolos do Estado Novo a par da regeneração monumental com novos símbolos da democracia. Substituem-se nomes de artérias conotados com a ditadura por novos nomes, conotados com a resistência antifascista ou evocativos dos valores e datas da Revolução. Erguem-se monumentos em homenagem à Revolução, mas também alguns a ela associados nos seus pressupostos e intencionalidade e alguns celebrando a gente operária e laboriosa, todos consagrando valores instituídos pela democracia. Além disso, o novo Poder Local, herdeiro de longos anos de desordem urbanística, procura emendar o que é possível, sendo uma das formas a disciplina do espaço público pela criação de objetos estéticos que clarificam, sinalizam e embelezam. As esculturas que se ergueram e produziram em Almada desde 1974 assentam num modelo de planeamento de encomendas que vai ao encontro das aspirações do Poder Local de promover a escultura urbana como veículo de afirmação dos valores das causas maiores da democracia. São oportunas as palavras de José Aurélio: «significar pela arte, a arte de administrar» (AURÉLIO:2001). É a autarquia que protagoniza a iniciativa, promoção, aquisição e gestão de obras de arte, na crescente autonomização democrática que adquire. Com operacionalidade para pôr em prática uma política cultural de aquisição, Almada torna-se exemplo de um consolidado “programa” de arte pública, contando com a estabilidade do seu executivo desde 1985 a 2017, o que permite o desenvolvimento de uma linha de autonomia ideológica contínua, bem como de uma rede de artistas e instituições culturais parceiras. Iniciativa Almada 2001 O ano de 2001 seria a data charneira na afirmação do processo de monumentalização política do Município. No contexto da comemoração dos 25 anos de uma das mais importantes conquistas do 25 de Abril, o Poder Local Democrático, a Câmara Municipal de Almada decide, a partir da proposta do artista plástico José Aurélio, convidar onze artistas plásticos para assinalar com uma escultura cada uma das onze freguesias do concelho. A coordenação é assegurada por José Aurélio, que conta com a colaboração dos órgãos representantes das onze Juntas de Freguesia, cuja participação na elaboração do programa foi preponderante. A distribuição dos testemunhos escultóricos pelas freguesias afirmaria a descentralização, uma das qualidades trazidas pelo Poder Local. A criação de bases programáticas por Aurélio foi facilitada pela sua proximidade ao universo de criação; pelo entendimento da obra dos artistas envolvidos; e pela estreita relação que mantinha com a autarquia de modo a dar forma às causas que se pretendiam defender. A atribuição da freguesia ao escultor é realizada por sorteio, na mesma altura em que se seleciona e define os locais de implantação e os prazos de execução. Cada autor/escultor concebe uma obra que leva em conta a temática do Poder Local e ideologias a si afins e apresenta as suas ideias em maquete, sendo a sua integração urbana projetada com o apoio logístico das Juntas de Freguesia. Regista-se a desistência do escultor Lagoa Henriques, tendo sido executada para a freguesia a ele atribuída uma peça de José Aurélio, que passa a artista participante, além de coordenador e promotor do projeto. A cerimónia de inauguração das onze esculturas decorreu durante os dias 28 de Outubro e 4 de Novembro de 2001 num percurso marcado pela presença dos artistas, presidentes da Câmara Municipal e das Juntas de Freguesia, associações, colectividades, entidades culturais, autarcas e munícipes. As onze obras são: -As Asas de Ícaro (2001), Rogério Ribeiro - Laranjeiro -Simbiose (2001), João Duarte – Cova da Piedade -União (2001), Álvaro Carneiro – Charneca da Caparica -Sítio (2001), Virgínia Fróis – Feijó -Primeiro as Crianças (2001), Jorge Pé-Curto – Cacilhas -Nós e os Outros (2001), José Aurélio – Almada -Cativos Naturais (2001), Graça Costa Cabral – Caparica -Onda de Abril (2001), Zulmiro de Carvalho – Trafaria -Sem Título (2001), Fernando Conduto – Sobreda -Tocar o Sol (2001), Quintino Sebastião – Costa da Caparica -Liberdade, Democracia, Solidariedade (2001), Clara Meréres – Pragal Nos onze elementos escultóricos criados nota-se a opção temática por valores democráticos de que os eleitos se sentem defensores, e a apropriação de uma estética e de materiais marcadamente contemporâneos.

União insere-se no conjunto de onze obras erguidas no contexto da celebração dos 25 Anos de Poder Local, em 2001. Celebra e evoca a união, um valor ideológico universal associado àquele poder, e à democracia de um modo geral.

Trata-se de uma das obras com temas de cariz universalizante cuja produção prolifera em Almada. Esculturas como esta denotam o exacerbar da experiência democrática através de conceitos evocativos de causas maiores da humanidade. Integram-se também nesta tendência, por exemplo, Solidariedade (António Júlio, 1996-1997), Fraternidade (António Júlio 1991-2000), Monumento à Vida (Sérgio Vicente, 1996-1998), e Monumento à Paz (José Aurélio, 2000).

 

Relativamente ao tema do poder local democrático, «um tema completamente abstracto», constitui em termos artísticos para o autor «um desafio aliciante e apelativo»: «achei interessante como se resolve esse problema em escultura e como é que esse tema pode figurar de forma corpórea, não no sentido mimético estritamente figurativo ou estritamente abstracto».

 

A génese da peça parte do simbolismo da «união como símbolo do poder local dentro do nosso sistema que é a ligação genuína entre quem é democraticamente eleito e os eleitores, o povo».

A convergência no espaço é descrita pelo autor como o «grande nó central que é quase o coração da escultura em que tudo se entrelaça, um âmago».

 

Identificam-se ainda nas intenções autorais a procura de cumplicidade da peça com o tecido urbano envolvente. O escultor afirma ter procurado juntar o espaço aberto entre os dois blocos arquitetónicos que o emolduram: «tentei ligar de facto esse espaço com uma estrutura que não fechasse, que não fosse homogénea, que fosse uma estrutura ou célula embrionária e orgânica» (Testemunho do escultor a 11-1-2005 em LIMA: 2006).

 

O conjunto suscita ideias de ininterrupta fluidez e interligação. Esta dinâmica de continuidade pode apontar para o sistema democrático de circulação e renovação de poderes como comparável ao sistema orgânico de regeneração da natureza.

 

Aquela referência a um elemento embrionário, criador, pode também aludir-nos para o nascimento da vida democrática efetivamente a partir do poder local; ou para a força potencial que a articulação entre o poder eleito e os seus eleitores tem na resolução dos problemas reais da comunidade e no desenvolvimento e evolução das sociedades.

Assim, o poder local é simbolicamente convocado como gérmen da vida em democracia e a união como valor cimeiro do caudal de intenções, energias e vontades que nela coexistem.

 


 

TEMA

​À DESCOBERTA DA ARTE PÚBLICA

HISTÓRIA

CIDADANIA

TERRITÓRIO

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