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MONUMENTO
AO MARINHEIRO INSUBMISSO

Esta obra de Rui Matos evoca a revolta dos marinheiros em 1936.

Este momento marcante da história do nosso país é lembrado numa praça no Feijó onde também se encontra a biblioteca José Saramago, a Junta de Freguesia e diversas escolas.

Aqui podes fazer uma visita guiada a este monumento de arte pública. Assiste ao vídeo.

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A OBRA

Sobre esta obra de arte pública, materiais utilizados e opções estéticas do autor.

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A "REVOLTA DOS MARINHEIROS"

Sobre a revolta dos marinheiros de 1936, o tema desta escultura.

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O LOCAL

Sobre a localização da obra e o seu espaço envolvente.

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RECURSOS

Disponibilizamos materiais de apoio aos professores e bibliografia.

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O AUTOR

Sobre Rui Matos, o autor deste Monumento de Arte Pública.

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TESTA O QUE APRENDESTE

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A OBRA

A OBRA

Autor: Rui Matos

Inauguração: 30 de maio de 2009

Material: Chapas de ferro

MONUMENTO AO MARINHEIRO INSUBMISSO

O conjunto escultórico é constituído por vários planos de chapas em ferro revelando uma clara alusão às formas dos barcos, acentuada pelas cores utilizadas: o cinzento, característico dos barcos da Marinha, o vermelho, utilizado como “símbolo de luta, esforço e sofrimento”, nas palavras do autor (Rui Matos, texto da “Memória Descritiva” apresentada a concurso) e o preto, normalmente usado no casco dos navios abaixo da linha de água.

A representação do barco não é realista, mas antes vários planos que constituem a figura, como se a mesma estivesse desconstruída. Há então influência do Construtivismo Russo (contexto histórico: 1ª Guerra Mundial e Revolução Russa), movimento artístico das vanguardas do início do século XX, que surgiu em Moscovo: utilização do metal, elementos geométricos, não-realismo, tema político e social.

“Em 2009 realizei o monumento à revolta dos marinheiros de 1936 (…), onde tive a oportunidade de realizar a minha versão contemporânea da escultura construtivista russa de Nathan Atman 1918 em Petrogrado.” (Rui Matos)

Monumento ao Marinheiro Insubmisso

Fotografia: Catarina Pé-Curto, Joana Arez e João Carlos Laço

O LOCAL

O LOCAL

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Aqui podes conhecer melhor a localização da obra e o seu espaço envolvente.

CENTRO CÍVICO DO FEIJÓ

A escultura está instalada no Centro Cívico do Feijó, onde também se encontra a Junta de Freguesia e a Biblioteca José Saramago. Estes dois edifícios e uma ampla praça pública formam um conjunto arquitetónico projetado pelo arquiteto João Lucas.

A Junta de Freguesia do Feijó - edifício sede do poder local - foi inaugurado a 17 de abril de 2009. Além dos serviços de atendimento e gabinetes, no piso térreo, integra um auditório onde se reúne a Assembleia de Freguesia e uma sala polivalente.

A Biblioteca Municipal José Saramago abriu ao público no dia 23 de maio de 2009. É um edifício de 3 pisos, unidos no interior por um espaço aberto a toda a altura. Os pisos superiores têm duas frentes transparentes. Junto ao chão, no exterior, há um espelho de água.

Toda a base da biblioteca é revestida com azulejos. São 14 mil azulejos pintados à mão pelo Mestre Querubim Lapa. A obra representa páginas de livros, abertas, à espera de serem lidas.

O nome da biblioteca é uma homenagem ao escritor português vencedor do prémio Nobel da Literatura em 1998 – José Saramago.

Centro Cívico do Fei

Fotografia: Catarina Pé-Curto

AUTOR

O AUTOR

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Aqui podes conhecer melhor o autor desta obra.

RUI MATOS  /  ESCULTOR

Rui Matos nasceu em Lisboa a 6 de julho de 1959. Frequentou o Curso de Escultura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.

Trabalha com vários materiais: gesso, pedra de lioz, ardósia, metal, sendo a este último que se dedica atualmente. Já participou em inúmeras exposições individuais e coletivas. As suas obras de arte pública podem ser apreciadas em diversas localidades portuguesas e também em Macau.

Foi o vencedor do concurso público lançado pela Câmara Municipal de Almada para a realização de um monumento que perpetuasse a memória dos marinheiros que, em 1936, se revoltaram contra o regime de Salazar.

Atelier Rui Matos

Fotografia: Catarina Pé-Curto

TEMA

A REVOLTA DOS MARINHEIROS

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Aqui podes saber mais sobre o tema desta escultura.

1936 / GRUPO DE MARINHEIROS OCUPA TRÊS NAVIOS DA ARMADA COM INTENÇÃO DE DERRUBAR O REGIME DE SALAZAR

A escultura homenageia os marinheiros da Armada Portuguesa que, a 8 de setembro de 1936, se revoltaram contra o regime de Salazar.

Foram mais de 200 marinheiros que se apoderaram dos navios de guerra Bartolomeu Dias, Afonso de Albuquerque e Dão que se encontravam no rio Tejo. A intenção era navegar até aos Açores, libertar os companheiros presos e constituir aí um Governo Provisório que exigisse a queda de Salazar.

Embora a ocupação dos navios tenha sido pacífica, o regime respondeu com violência, disparando a partir dos fortes de Almada e do Alto do Duque. Numa tentativa de fugir, muitos marinheiros atiraram-se borda fora, nadando para terra, para a margem Sul. Nas localidades ribeirinhas de Cacilhas, Pragal, Porto Brandão e Trafaria abrigaram os marinheiros em fuga, protegendo-os das forças policiais ao serviço do Estado Novo.

A revolta resultou em 208 marinheiros presos, 82 condenados, 44 enviados para a fortaleza de Angra do Heroísmo, 4 presos no forte de Peniche, 34 fizeram parte do primeiro contingente de 150 primeiros presos políticos enviados para o campo de concentração do Tarrafal.

Cinco desses marinheiros morreram no «campo da morte lenta»:

Cândido Alves Barja

Francisco José Pereira

Henrique Vale Domingues Fernandes

Jacinto de Melo Faria Vilaça

Joaquim Marreiros

Cândido Alves Barja
Henrique Vale Domingues Fernandes
Jacinto de Melo Faria Vilaça
Joaquim Marreiros

Processos dos Marinheiros presos no Tarrafal.

Fonte: Museu do Aljube – Resistência e Liberdade

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