A REVOLTA DOS MARINHEIROS

Aqui podes saber mais sobre a revolta dos marinheiros de 1936.
1936 / GRUPO DE MARINHEIROS OCUPA TRÊS NAVIOS DA ARMADA
INTENÇÃO DE DERRUBAR O REGIME DE SALAZAR
A escultura homenageia os marinheiros da Armada Portuguesa que, a 8 de setembro de 1936, se revoltaram contra o regime de Salazar.
Foram mais de 200 marinheiros que se apoderaram dos navios de guerra Bartolomeu Dias, Afonso de Albuquerque e Dão que se encontravam no rio Tejo. A intenção era navegar até aos Açores, libertar os companheiros presos e constituir aí um Governo Provisório que exigisse a queda de Salazar.
Embora a ocupação dos navios tenha sido pacífica, o regime respondeu com violência, disparando a partir dos fortes de Almada e do Alto do Duque. Numa tentativa de fugir, muitos marinheiros atiraram-se borda fora, nadando para terra, para a margem Sul. Nas localidades ribeirinhas de Cacilhas, Pragal, Porto Brandão e Trafaria abrigaram os marinheiros em fuga, protegendo-os das forças policiais ao serviço do Estado Novo.
A revolta resultou em 208 marinheiros presos, 82 condenados, 44 enviados para a fortaleza de Angra do Heroísmo, 4 presos no forte de Peniche, 34 fizeram parte do primeiro contingente de 150 primeiros presos políticos enviados para o campo de concentração do Tarrafal.
Cinco desses marinheiros morreram no «campo da morte lenta»:
Cândido Alves Barja
Francisco José Pereira
Henrique Vale Domingues Fernandes
Jacinto de Melo Faria Vilaça
Joaquim Marreiros




Processos dos Marinheiros presos no Tarrafal.